Agente de Cargas – Ad. Marcel Stivaletti (Desde Brasil)

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A longeva RMM | Advocacia Ruy de Mello Miller – 63 anos – pode dizer que acompanhou, desde o nascedouro, figura hoje fundamental na cena do comércio exterior: o Agente de Cargas.

Como consequência dessa incontestável relevância, o Agente de Cargas permeia diversas relações e interage com tantos outros atores envolvidos na logística do transporte. Mas quem é, de fato, essa figura? A distinção entre as várias funções possíveis sempre se mostrou fundamental, mormente aos olhos do Poder Judiciário.

Em 2016 demos a nós mesmos a honrosa missão de transformar essa necessidade de compreensão em obra doutrinária. Hoje é gratificante ouvir que o livro se tornou uma referência para os operadores do segmento (sentimento de dever cumprido).

As variadas possibilidades de atuação desse nosso personagem foram destacadas na obra, sendo o “Agente de Cargas” gênero do qual o NVOCC (Non Vessel Operating Common Carrier), o Agente Desconsolidador e o Freight forwarder são “espécies”.

O livro AGENTE DE CARGAS – escrito em coautoria com Fernando Moromizato, Thiago Miller, Rafael Ferreira e Aline Bayer da Silva -, discrimina as possíveis atuações desse múltiplo player e algumas das suas respectivas nuances. Trago aqui alguns trechos aos leitores:

“NVOCC – Non Vessel Operating Common Carrier

Referido transportador, pois, sem navio, tem como atividade preponderante a consolidação de cargas. Entenda-se por consolidação de cargas o ato de se acobertar um ou mais conhecimentos de carga para transporte sob um único conhecimento genérico, envolvendo ou não a unitização da carga. Prestam serviços aos embarcadores de pequenos volumes, despachantes aduaneiros, comissárias de despachos e freight forwarders. Assume, com isto, a obrigação de apanhá-las no Terminal de embarque e entregá-la no Terminal de destino do importador, cobrando um frete por esse trabalho.

(…)

Agentes desconsolidadores

Como consectário da atividade do NVOCC – típica nas operações de exportação de mercadorias –, necessita-se, no local de destino das mercadorias vindas do exterior, o serviço de desconsolidação de cargas.

Nesta condição, se havia um agente que fazia a consolidação das cargas em um porto de embarque (remetente), por óbvio, gerou-se a necessidade da criação da figura de um agente encarregado em desfazê-la (desconsolidação) no porto de desembarque (destinatário), nascendo, assim, o agente desconsolidador, representante do consolidador estrangeiro (NVOCC) – quer seja exclusivo dele, quer seja seu parceiro comercial –, através do registro da carta de apontamento no Departamento do Fundo da Marinha Mercante, para o exercício de atividades burocráticas no destino das mercadorias, a saber: assunção e repasse ao NVOCC dos custos: (a) pela contratação do trabalho portuário de capatazia, (b) pela desconsolidação documental, (c) desunitização de cargas e (d) pela liberação de B/L.

(…)

Freight forwarder

A insatisfação da lacuna da lei (art. 37, §1º do Decreto-Lei nº 37/66) nos remete aos usos e costumes estrangeiros adotados pelas regras modelo para Serviços de Agenciamento de Cargas da Federação Internacional de Associações de Agente de Cargas, FIATA – International Federation of Freight Forwarders Associations.

Nela, o serviço do freight forwarder consiste em qualquer tipo relacionado ao transporte, consolidação, estoque, manuseio, embalagem ou distribuição de mercadorias, assim como serviços auxiliares e de assessoramento em relação às cargas, incluindo, mas não se limitando a, assuntos aduaneiros e fiscais, declaração das mercadorias para propósitos oficiais, seguro das mercadorias e coleta ou realização de pagamentos ou documentos relacionados às mercadorias”. (Agente de Cargas, São Paulo, All Print Editora, 2016, p. 32/38)

A compreensão sobre quem é esse versátil ator do Comércio Exterior é importante, também pelo prisma da regulação. A ANTAQ, desde o advento da Resolução Normativa nº 18/2017 (hoje Resolução nº 62/2021), contempla em seu arcabouço normativo que “o transportador marítimo não operador de navios (NVOCC) é considerado como usuário perante o transportador marítimo efetivo, e como transportador, perante o usuário final do serviço de transporte prestado”.

Assim, na correta percepção da Agência Reguladora, ora o agente figurando como usuário (diante do transportador efetivo), ora atuando como transportador contratual (diante do usuário), essa figura hoje indissociável do transporte de cargas está sujeita às obrigações e é detentora dos direitos constantes nos regramentos da regulação aquaviária, em especial àqueles erigidos pela Resolução nº 62/2021. Aliás, na Proposta de Agenda Regulatória 2025-2028 da ANTAQ, o Agente de Cargas estará inserido dentre os assuntos a serem desbravados no tema “Navegação Marítima”.

En español

El RMM de larga duración | El abogado Ruy de Mello Miller – 63 años – puede decir que ha seguido, desde el principio, a una figura fundamental en el panorama del comercio exterior actual: el Freight Forwarder.

Como consecuencia de esta innegable relevancia, el Agente de Carga permea diversas relaciones e interactúa con muchos otros actores involucrados en la logística del transporte. ¿Pero quién es, en realidad, esta figura? La distinción entre las diversas funciones posibles siempre ha sido fundamental, especialmente a los ojos del Poder Judicial.

En 2016 nos dimos la honrosa misión de transformar esta necesidad de comprensión en trabajo doctrinal. Hoy es gratificante saber que el libro se ha convertido en una referencia para los operadores del segmento (un sentimiento de realización).

En la obra se destacaron las variadas posibilidades de acción de nuestro personaje, siendo el “Agente de Carga” un género del que son “especie” el NVOCC (Non Vessel Operating Common Carrier), el Agente Desconsolidador y el Transitario.

 El libro “Agente de Carga” – escrito en coautoría con Fernando Moromizato, Thiago Miller, Rafael Ferreira y Aline Bayer da Silva – desglosa las posibles acciones de este actor múltiple y algunos de sus respectivos matices. Aquí hay algunos extractos para los lectores:

“NVOCC – Transportista común que no opera embarcaciones

Dicho transportista, ya que, al carecer de buque, su actividad predominante es la consolidación de carga. Se entiende por consolidación de carga el acto de abarcar uno o más conocimientos de embarque para el transporte bajo una única factura genérica, implique o no la unificación de la carga. Proporcionan servicios a transportistas de pequeños volúmenes, agentes de aduanas, agentes de despacho y transitarios. Por lo tanto, asume la obligación de recogerlo en la terminal de salida y entregarlo en la terminal de destino del importador, cobrando flete por este trabajo.

Agentes desconsolidantes

Como consecuencia de la actividad NVOCC –típica en operaciones de exportación de mercancías–, se requiere de un servicio de desconsolidación de carga en destino de las mercancías provenientes del exterior.

En esta condición, si existía un agente que consolidaba la carga en un puerto de embarque (remitente), obviamente, existía la necesidad de crear la figura de un agente encargado de deshacerla (desconsolidación) en el puerto de desembarque (destinatario). , creándose así el agente desconsolidador, representante del consolidador extranjero (NVOCC) –ya sea exclusivo de éste o de su socio comercial–, mediante el registro de la carta de nombramiento ante el Departamento del Fondo de la Marina Mercante, para el ejercicio de actividades burocráticas en el destino de la mercancía, a saber: asunción y transferencia al NVOCC de los costos: (a) por la contratación de trabajos de capataz portuario, (b) por la desconsolidación de documentos, (c) por la desunitización de la carga y (d) por la liberación de B/L .

(…)

agente de carga

El descontento por la laguna jurídica (art. 37, §1 del Decreto-Ley nº 37/66) nos lleva a los usos y costumbres extranjeros adoptados por las normas tipo para los servicios de transporte de carga de la Federación Internacional de Asociaciones de Transportistas , FIATA – Federación Internacional de Asociaciones de Transitarios.

En él, el servicio de transitario comprende cualquier tipo relacionado con el transporte, consolidación, stock, manipulación, embalaje o distribución de mercancías, así como los servicios auxiliares y de asesoramiento en relación con la carga, incluyendo, entre otros, asuntos aduaneros y impuestos, declarar las mercancías para efectos oficiales, asegurar las mercancías y cobrar o realizar pagos o documentos relacionados con las mercancías”. (Agente de carga, São Paulo, All Print Editora, 2016, p. 32/38)

Comprender quién es este polifacético actor del Comercio Exterior es importante, también desde la perspectiva de la regulación. La ANTAQ, desde la aparición de la Resolución Normativa N° 18/2017 (hoy Resolución N° 62/2021), incluye en su marco regulatorio que “el transportista marítimo no operador de buques (NVOCC) es considerado como un usuario antes que el propio transportista marítimo”. , y como transportista, hacia el usuario final del servicio de transporte prestado”.

Así, en la correcta percepción de la Agencia Reguladora, a veces el agente aparece como usuario (frente al propio transportista), a veces actúa como transportista contractual (frente al usuario), figura que ahora es inseparable del transporte de carga. está sujeto a obligaciones y es titular de los derechos contenidos en las normas de regulación de la vía navegable, especialmente los establecidos por la Resolución N° 62/2021. De hecho, en la Propuesta de Agenda Regulatoria 2025-2028 de la ANTAQ, el Agente de Carga estará incluido entre los temas a explorar bajo el tema “Navegación Marítima”.