Navegação – Nova movimentação na cabotagem brasileira – Ad. Marcel Stivaletti (desde Brasil)

0
6

Duas empresas integrantes de um mesmo grupo econômico – Alcoa World Alumina Brasil Ltda. e Alcoa Aluminio S.A. – pleiteiam autorização para operar nessa modalidade de navegação.

Nossas publicações anteriores trataram de EBNs que recentemente lograram autorização para operar na navegação de cabotagem, sendo relevante sublinhar que o pedido comentado no presente texto difere em seu fundamento.

Explica-se: as empresas referidas nos textos anteriores se escudaram na recente alteração promovida pela Lei nº 14.301/2021, que alterou a Lei nº 9.432/1997, permitindo às EBNs operar na navegação de cabotagem mediante o afretamento de embarcação ESTRANGEIRA a casco nu (i.e., mesmo não possuindo embarcação própria).

As pretendentes à cabotagem ora em análise buscam o signo de EBN (Empresa Brasileira de Navegação) com lastro em embarcação PRÓPRIA. Os navios chegarão ostentando bandeira liberiana e serão submetidos à internalização (via procedimento de importação), para integrar as respectivas frotas.

Nos termos do despacho exarado pela Superintendência de Outorgas – que bem divisou as situações (afretamento x importação) -, “a embarcação será integrada à frota da requerente por propriedade, e não afretamento, e subsequente processo de nacionalização ainda não iniciado. A pendência de emissão dos documentos de propriedade, REB, Certificado de Gerenciamento de Segurança, entre outros, a serem emitidos pela Autoridade Marítima e pela Sociedade Classificadora, impede, nesse momento, o atendimento ao disposto no art. 5º, inciso I, da Resolução Normativa nº 5, de 23 de fevereiro de 2016”.

RN nº 5/2016

“Art. 5º A empresa requerente, estabelecida na forma do art. 3º desta Norma, deverá atender aos seguintes requisitos técnicos, alternativamente: I – ser proprietária de pelo menos uma embarcação de bandeira brasileira que não esteja fretada a casco nu a terceiros, adequada à navegação pretendida e em condição de operação comercial;”

Portanto, estando as empresas dependentes do atendimento do requisito técnico insculpido no artigo 5º, I, da RN nº 5/2016, as outorgas em tela estarão condicionadas à apresentação de “documento que comprove a propriedade da embarcação, bem como os exigidos pela Autoridade Marítima e pela Sociedade Classificadora, no prazo de 1 (um) ano”, conforme decidido pela diretoria colegiada da ANTAQ nos Acórdãos 511/2024 e 512/2024 (Processos nº 50300.006656/2024-13 e 50300.006658/2024-02

Ad. Marcel Stivaletti

En español

«Navegación – Nuevo movimiento en cabotaje brasileño»

Dos empresas pertenecientes a un mismo grupo económico – Alcoa World Alumina Brasil Ltda. y Alcoa Aluminio S.A. – solicitan autorización para operar en este tipo de navegación.

Nuestras publicaciones anteriores trataron sobre EBN que recientemente obtuvieron autorización para operar en transporte costero, y es importante resaltar que la solicitud discutida en este texto difiere en su fundamento.

Se explica: las empresas a que se refieren los textos anteriores se ampararon en el reciente cambio impulsado por la Ley nº 14.301/2021, que modificó la Ley nº 9.432/1997, permitiendo a las EBN operar en la navegación de cabotaje mediante el fletamento de un barco EXTRANJERO a casco desnudo embarcación (es decir, incluso si no tienes tu propio barco).

Los solicitantes de cabotaje ahora bajo análisis buscan el letrero EBN (Compañía Naviera Brasileña) con lastre en su PROPIA embarcación. Los barcos llegarán con bandera liberiana y serán internalizados (a través del procedimiento de importación), para incorporarse a las respectivas flotas.

Según la orden emitida por la Superintendencia de Concesiones -que definió claramente las situaciones (flete versus importación)-, “la embarcación se integrará a la flota del solicitante mediante propiedad, no fletamento, y un posterior proceso de nacionalización que aún no ha iniciado”. . La emisión pendiente de los documentos de titularidad, REB, Certificado de Gestión de Seguridad, entre otros, a ser emitidos por la Autoridad Marítima y la Sociedad Clasificadora, impide, en este momento, el cumplimiento de lo dispuesto en el art. 5°, inciso I, de la Resolución Normativa n° 5, de 23 de febrero de 2016”.

R.N. nº5/2016

«Arte. 5º La empresa solicitante, constituida de conformidad con el art. 3º de esta Norma, debe cumplir, alternativamente, con los siguientes requisitos técnicos: I – ser propietario de al menos una embarcación de bandera brasileña, no alquilada a casco desnudo a terceros, apta para la navegación prevista y en condiciones de operación comercial;”

Por tanto, al depender las empresas del cumplimiento del requisito técnico establecido en el artículo 5, I, de la RN nº 5/2016, las subvenciones en cuestión estarán condicionadas a la presentación de “documento que acredite la propiedad de la embarcación, así como los exigidos por la Autoridad Marítima y por la Sociedad Clasificadora, dentro del plazo de 1 (un) año”, según lo dispuesto por la junta colegiada de la ANTAQ en las Resoluciones 511/2024 y 512/2024 (Procesos n° 50300.006656/2024-13 y 50300.006658/2024-02 ).

Ad. Marcel Stivaletti