Empresa brasileira de investimento na navegação – Ab. Marcel Stivaletti (desde Brasil)

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A ANTAQ, via consulta pública, reunirá contribuições ao aprimoramento das regras para outorga às navegações de apoio marítimo, apoio portuário, cabotagem ou longo curso.

O propósito da Agência Reguladora é a adequação dos seus normativos aos ditames erigidos pela Lei 14.301/2022 (“BR do Mar”). Cabe lembrar que a referida lei ainda depende de regulamentação (decreto-regulamentar). É relevante acentuar essa necessidade de “complementação” da lei, pois a integração da Agência Reguladora (e de suas normas) com os preceitos da “BR do Mar” somente ocorrerá na plenitude com a edição da norma pelo Poder Executivo. Até lá, em verdade, a lei não estará “exaurida”, prejudicando até mesmo uma análise mais fidedigna sobre a política pública aplicada ao setor.

Em que pese a ainda pendente edição do regulamento à lei, a ANTAQ passa a abrir consulta pública para tratar, dentre outros temas, de uma nova figura trazida pela Lei 14.301/2022: a Empresa Brasileira de INVESTIMENTO na navegação. Trata-se de uma inserção promovida na Lei nº 9.432/1997, definindo a EBiN como “aquela que tem por objeto fretamento de embarcações para empresas brasileiras ou estrangeiras de navegação” (art. 2º, XV).

Veja-se que o desiderato do dispositivo criado pela “BR do Mar” coloca como objeto da EBiN não a operação da embarcação, mas o fretamento de embarcações. Esse novo player, pela ótica do legislador, estará no mercado para disponibilizar embarcações a empresas de navegação, que efetivamente operem alguma das modalidades de navegação. O principal objetivo da “BR do Mar” – o fomento à navegação de cabotagem – parece coadunar com a criação de uma figura que estará no mercado para ofertar embarcações, mormente se observarmos que a mesma lei passou a facultar o ingresso de novos entrantes para operar na cabotagem, a despeito de a empresa pretendente possuir embarcação própria.

Assim, cumprirá ao ente regulador do setor aquaviário, munido das contribuições colhidas nas consultas e audiências públicas, promover a disciplina regulatória das empresas que desejarem se arvorar não na navegação/operação, mas no investimento na navegação. Se esse enlace – EBN (sem lastro) e EBiN – dará frutos, só o tempo dirá…

Ab. Marcel Stivaletti

Noviembre 2024

Compañía brasileña de inversiones en navegación – Ab. Marcel Stivaletti (de Brasil)

ANTAQ, a través de consulta pública, recaudará aportes para mejorar las reglas de otorgamiento de apoyo marítimo, apoyo portuario, cabotaje o navegación de largo recorrido.

La Agencia Reguladora tiene por objeto adaptar su normativa a los dictados establecidos por la Ley 14.301/2022 (“BR do Mar”). Vale recordar que la citada ley aún depende de reglamentación (decreto reglamentario). Es importante enfatizar esta necesidad de “complementar” la ley, ya que la integración del Organismo Regulador (y sus normas) con los preceptos de la “BR do Mar” sólo se producirá plenamente con la publicación de la norma por parte del Poder Ejecutivo. Hasta entonces, en verdad, la ley no estará “agotada”, lo que impedirá incluso un análisis más confiable de la política pública aplicada al sector.

A pesar de la edición aún pendiente del reglamento de la ley, la ANTAQ abre ahora una consulta pública para abordar, entre otros temas, una nueva figura introducida por la Ley 14.301/2022: la Empresa Brasileña de INVERSIÓN en navegación. Se trata de una inserción promovida en la Ley nº 9.432/1997, que define a EBiN como “aquel que tiene por objeto el fletamento de buques para compañías navieras brasileñas o extranjeras” (art. 2, XV).

Cabe señalar que el propósito del dispositivo creado por “BR do Mar” sitúa como objeto de EBiN no la operación de la embarcación, sino el fletamento de embarcaciones. Este nuevo actor, desde la perspectiva del legislador, saldrá al mercado para poner a disposición de las compañías navieras que realmente operen uno de los modos de navegación, buques. El principal objetivo de “BR do Mar” – la promoción de la navegación costera – parece estar en línea con la creación de una figura que estará en el mercado para ofrecer embarcaciones, especialmente si observamos que la misma ley ahora permite la entrada de nuevos entrantes para operar en el cabotaje, a pesar de que la empresa demandante dispone de su propio buque.

Corresponderá así al organismo regulador del sector hidrovía, armado con los aportes recaudados en consultas y audiencias públicas, promover la disciplina regulatoria para las empresas que deseen centrarse no en la navegación/operación, sino en la inversión en navegación. Si este vínculo – EBN (sin lastre) y EBiN – dará frutos, sólo el tiempo lo dirá…